Motoristas fecharam a Agamenon Magalhães, no Derby, nesta quarta (16).
Também bloquearam o viaduto da Avenida Norte; atos são contra Uber.
Manifestantes queimaram pneus na Avenida Agamenon Magalhães
(Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Taxistas promovem uma série de protestos, na manhã desta quarta-feira (16), no Recife. A categoria bloqueia a Avenida Agamenon Magalhães, no Derby, na área central da cidade. Eles também fecharam o viaduto da Avenida Norte, perto da Agamenon.
Os condutores de táxi colocaram fogo em pneus perto da Praça do Derby. O engarrafamento na área é muito grande. Também há reflexos nos demais bairros da área central e da Zona Norte da Capital pernambucana.
Engarrafamento na área é muito grande (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Os taxistas estão mobilizados para pressionar o poder público a coibir a circulação de veículos que fazem o transporte de passageiros a partir de chamadas solicitadas por aplicativos de celular, como Uber.
Justiça
Em outubro, Justiça de Pernambuco concedeu uma liminar garantindo aos motoristas autônomos vinculados ao aplicativo Uber o direito de trabalhar no serviço privado de transporte individual. O pedido foi impetrado pela própria direção do Uber. A decisão é do juiz Haroldo Carneiro Leão, da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
O magistrado proíbe que a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife e da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano da cidade (CTTU), além da Guarda Municipal, pratiquem "quaisquer atos ou medidas que restrinjam ou impossibilitem o livre exercício da atividade empresarial do Uber, incluindo, especialmente, aqueles contra motoristas-parceiros e usuários do aplicativo pelo simples exercício de sua atividade econômica de transporte individual privado, sob o fundamento de exercício de transporte irregular ou ilegal".
A liminar determina uma multa no valor de R$ 5 mil em caso de descumprimento da decisão para o caso de restrição de atividade, além de R$ 1 mil diários em caso de recolhimento de cada veículo em desrespeito à decisão judicial.
A Justiça do estado também concedeu um mandado de segurança garantindo aos motoristas autônomos vinculados ao aplicativo de transporte individual T81, concorrente do Uber. A liberação foi solicitada pela empresa Takeme 81 Desenvolvimento de Programas Ltda. A decisão é da juíza Mariza Silva Borges, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
Taxistas presionam poder público contra a circulação do Uber no Recife
(Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
Manifestações
No início de setembro, taxistas do Recife protestaram contra o serviço prestado pelo Uber. Integrantes da categoria chegaram a se encontrar com representantes do governo municipal para expor suas queixas.
Essa não foi a primeira vez que a categoria se mobilizou. Em agosto, taxistas usaram nariz de palhaço, levou cartazes e gritou palavras de ordem contra o Uber.
A carreata saiu do Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre. Na ocasião, os taxistas realizaram um ato público contra os veículos que fazem transporte de passageiros utilizando aplicativos de celular.
Em agosto, categoria chegou a usar nariz de palhaço e caixão para simbolizar a morte dos táxis no Recife (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
No dia 13 de julho, os motoristas fizeram uma manifestação no Centro da cidade. Durante toda a manhã, o trânsito ficou complicado na região. Depois do ato, eles seguiram para o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
Por causa do ato público, uma longa fila de veículos se formou entre a Câmara Municipal do Recife e a ponte de acesso ao Palácio do Campo das Princesas. Uma comissão foi escolhida para negociar com representantes da Casa Civil.
Em um encontro com representantes do estado, o grupo foi informado que teria de esperar para discutir o assunto. Um novo encontro chegou a ser marcado para o dia 20 de julho, com o objetivo de tratar o assunto com as prefeituras.
Diante da falta de respostas para as reivindicações, os taxistas seguiram para o aeroporto. O trânsito na região ficou muito complicado, no fim da tarde. Os responsáveis pela organização do movimento chegaram a bloquear vias da áreas, mas acabaram se desmobilizando depois de negociação com a Polícia Militar.
Do G1 PE
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